Forças militares russas iniciaram nesta quinta-feira (24) uma ampla invasão da Ucrânia. Há relatos de tropas cruzando diversos pontos da fronteira e explosões perto das principais cidades ao redor do país — e não apenas na região de Donbas, onde grupos separatistas foram reconhecidos e apoiados recentemente pela Rússia. Há ao menos sete mortos e 19 desaparecidos até agora, segundo autoridades ucranianas.

Em um pronunciamento televisionado, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que a Rússia não planeja ocupar a Ucrânia, mas alertou que a resposta será “imediata” contra qualquer um que tente parar a operação.Putin instou os soldados ucranianos a se renderem e voltarem para casa — do contrário, a própria Ucrânia seria culpada pelo derramamento de sangue, disse o presidente russo. Ele acrescentou que o conflito entre as forças russas e ucranianas são “inevitáveis” e “apenas uma questão de tempo”. Assista imagens da invasão:

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Com Informações do Vitória da Conquista Notícia

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Logo depois, unidades militares ucranianas foram atacadas. “Putin lançou uma invasão em larga escala da Ucrânia”, afirmou o governo ucraniano. A correspondente da BBC no Leste Europeu Sarah Rainsford informou que já é possível escutar sons de explosões na cidade de Kramatorsk. O jornalista da BBC Paul Adams também relatou explosões na capital, Kiev. Segundo Adams, da BBC, os ataques parecem vir de diversas direções, incluindo Belarus ao norte da Ucrânia e Crimeia ao sul.

Putin sentado, olhando para livro

Não está claro ainda o que foi atingido. Segundo a polícia ucraniana, um ataque a uma unidade militar em Podilsk (próximo a Odessa, no sudoeste ucraniano) deixou seis mortos e outros sete feridos. Há 19 pessoas desaparecidas. Uma pessoa também morreu em Mariupol (no leste ucraniano), segundo as autoridades. Em pronunciamento em vídeo, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, decretou lei marcial em todo o país, instaurando um regime de guerra e substituindo a legislação vigente até em então. Grande parte dos reservistas foi convocada. “Sem pânico. Nós somos fortes. Estamos prontos para qualquer coisa. Nós vamos derrotar qualquer um porque nós somos a Ucrânia”, disse Zelensky. Ele afirmou ainda que a Rússia fez bombardeios em infraestruturas militares e unidades de segurança na fronteira.

Russia launches full-scale invasion of Ukraine | Financial Times

Autoridades militares da Ucrânia disseram ainda que quarteis militares, pistas de pouso e armazéns em Dnipro e Kharkiv e na capital Kiev, cidade de 3 milhões de habitantes onde foram ouvidas sirenes de alerta. Há diversas imagens de cidadãos procurando abrigo ou fugindo da capital de carro e transporte público. Além dos relatos de explosões em diversas cidades ucranianas, há registros também de disparos nas proximidades do aeroporto de Boryspil, em Kiev. Em uma última tentativa de evitar o confronto com a Rússia, antes do pronunciamento de Putin, Zelensky alertou que o país vizinho poderia dar início a uma “ampla guerra na Europa” e exortou os cidadãos russos a se oporem à invasão militar da Ucrânia. Estima-se que a Rússia tenha mobilizado 200 mil combatentes e milhares de veículos de combate ao redor da Ucrânia. Não está claro quantos entraram no país, por onde e com que destino.

Aliados da Ucrânia no Ocidente, como Estados Unidos e Reino Unido, fizeram diversos alertas de que a Rússia estava prestes a invadir a Ucrânia.. Mas Putin e outras autoridades russas negaram diversas vezes que isso ocorreria. O anúncio de Putin aconteceu no mesmo momento em que ocorria uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) em Nova York, Estados Unidos, sobre a crise. O secretário-geral da ONU, António Guterres, discursou pedindo “do fundo do coração”: “Presidente Putin, detenha suas tropas de atacar a Ucrânia”. Em resposta à operação militar russa, o presidente americano, Joe Biden, afirmou que os EUA e seus aliados iriam de forma unida e decisiva ao “ataque injustificado e não provocado das forças militares da Rússia” na Ucrânia. “O presidente Putin escolheu uma guerra premeditada que acarretará em catastróficas perdas de vida e em sofrimento humano”, afirmou Biden. “O mundo fará a Rússia responder por isso.” O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse estar “chocado pelos eventos assustadores na Ucrânia” e que o presidente Putin “escolheu um caminho de sangue e destruição ao lançar um ataque não provocado”. Ele acrescentou ter falado com o colega ucraniano, Zelensky, sobre como responder, prometendo ações decisivas do Reino Unido e de outros aliados.

How will Russia and Ukraine affect the U.S.? Biden, Putin signal larger conflict

Ursula von der Leyen, chefe da Comissão Europeia, afirmou que os países europeus estão preparando uma série de sanções contra a Rússia. “Com este pacote, visaremos setores estratégicos da economia russa bloqueando seu acesso a tecnologias e mercados-chave. Vamos enfraquecer a base econômica da Rússia e sua capacidade de modernização. (…) Além disso, congelaremos os ativos russos na União Europeia e impediremos o acesso de bancos russos ao mercado financeiro europeu. Assim como no primeiro pacote de sanções, estamos alinhados com parceiros e aliados. prejudicam os interesses do Kremlin e sua capacidade de financiar a guerra.” Rússia vem reforçando sua defesa, reduzindo a dependência do dólar e tentando tornar sua economia à prova de sanções.

World reacts to Russia's attack on Ukraine | Russia-Ukraine crisis News | Al Jazeera

Otan e apoio da Rússia a regiões separatistas

A operação militar da Rússia teve início poucos dias depois que o país reconheceu as autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Luhansk, no leste da Ucrânia. Após esse anúncio, os separatistas, que controlam vastas áreas na região de Donbas, pediram apoio militar de Moscou. Em seu anúncio sobre a operação militar iniciada na Ucrânia nesta quinta (24/2), Putin afirmou que o objetivo da medida é defender um povo submetido a oito anos de “genocídio pelo regime de Kiev”. A declaração parece fazer referência ao período iniciado com os protestos em massa na Ucrânia que derrubaram o presidente pró-Rússia, Vikt

 

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