Que o número de mulheres empreendedoras tem crescido a cada ano, disso não há dúvidas. E os números estão aí para nos provar isso. As mulheres empreendedoras já somam hoje mais de 30 milhões no Brasil, de acordo com a Global Entrepreneurship Monitor, o que representa 48,7% do mercado empreendedor.
Porém, entrar no mundo do empreendedorismo feminino não é uma tarefa fácil. Afinal, várias empreendedoras precisam lidar com a dupla jornada, ou seja, cuidar do negócio, da casa e dos filhos.
Não podemos esquecer também do fato de que muitas enfrentam o medo de falhar e a dificuldade de serem levadas a sério no mundo dos negócios.
No entanto, e apesar disso, o empreendedorismo feminino também serve como um caminho para a independência financeira da mulher.
Podemos dizer que essa é ainda uma forma de gerar empregos, apoiar outras mulheres, obter realização pessoal e fazer a diferença na economia e na sociedade.
E para te inspirar, no artigo de hoje vamos te mostrar um pouco mais do cenário do empreendedorismo feminino no Brasil e também vamos te mostrar alguns exemplos de mulheres empreendedoras de sucesso.
Vamos lá?
Mulheres empreendedoras: entenda como está o cenário do empreendedorismo feminino no Brasil
Com Informações Vitória da Conquista Notícias
Como foi demonstrado no início do artigo, o número de mulheres empreendedoras tem crescido a cada ano.
Hoje já temos mais de 30 milhões de mulheres empreendedoras no Brasil, de acordo com a Global Entrepreneurship Monitor, o que representa 48,7% do mercado empreendedor.
Algo mais próximo da realidade geográfica, afinal, as mulheres são maioria no Brasil, representando 51,8% da população, segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
Porém, e apesar disso, não podemos esquecer que ainda lutam por igualdade social e mais espaço no mercado de trabalho.
Mesmo que tenham conquistado avanços importantes nas questões de gênero nos últimos anos, as mulheres continuam sendo minoria no mundo do empreendedorismo.
Infelizmente, durante o caminho, as mulheres precisam lidar com vários obstáculos como o machismo, a dupla jornada de trabalho e a falta de autoconfiança.
No entanto, uma coisa é certa, apesar dos desafios que enfrentam ao ocupar espaços historicamente masculinos, as mulheres estão derrubando barreiras.
Conheça agora alguns exemplos de mulheres empreendedoras que tem quebrado barreiras em nossa sociedade:
Luiza Helena Trajano
Considerada uma das mulheres mais poderosas do Brasil, Luiza Helena Trajano é o nosso primeiro exemplo de mulher empreendedora de sucesso.
Luiza é um grande exemplo de liderança no Brasil, uma líder que assume sua responsabilidade em reduzir desigualdades para potencializar o crescimento do país.
A empreendedora esteve por 24 anos à frente do Magazine Luiza, uma das maiores marcas do varejo do país, com e-commerce e 113 lojas físicas, distribuídas por 819 cidades, de 21 estados.
A empresa desde o começo sempre teve muito sucesso e está no ranking das “Melhores empresas para se trabalhar” há 22 anos consecutivos.
Luiza hoje atua como Presidente do Conselho de Administração do Magalu e é Embaixadora Endeavor, e divide suas horas em inspirar, mentorear e investir em empreendedores e empreendedoras por todo o Brasil.
Zica Assis
Heloísa Helena Assis, conhecida como Zica é o nosso próximo grande exemplo de mulher empreendedora.
Zica trabalhou por muito tempo como babá e doméstica e teve nos fios cacheados a inspiração que transformou a vida dela.
Com o objetivo de desenvolver produtos de qualidade voltados para os cabelos crespos, cacheados e ondulados, a empreendedora fez um curso de cabeleireira e usava esse espaço para testar os produtos que mais geram resultados nesses tipos de cabelo.
Após perceber a falta de produtos adequados no mercado e interesse das conhecidas, Zica se uniu com mais 3 amigas para abrir o salão especializado em cabelos crespos e ondulados em 1993, o Instituto Beleza Natural.
O Instituto, como diferencial, além do atendimento, também focou na formulação de produtos próprios para esse nicho de mercado.
Hoje a empresa já conta com mais de 40 unidades do Instituto em todo o Brasil e Zica foi reconhecida como uma das 10 empresárias mais poderosas do país, de acordo com a Forbes.
Cristina Junqueira
Sócia e co-fundadora do Nubank, Cristina Junqueira é hoje um dos maiores exemplos de liderança feminina do país, em um setor predominante masculino.
Empreendedora, mãe e esposa, Cristina é vice-presidente da maior fintech brasileira que hoje já conta com 10 milhões de clientes.
O negócio acabou revolucionando os serviços financeiros, oferecendo um cartão de crédito sem banco.
No final, o grande diferencial é a facilidade em obter os serviços de forma 100% online.
Apenas com apenas 4 anos de existência, o Nubank é considerada uma fintechs mais revolucionárias do país.
Cristina hoje sabe da sua responsabilidade de inspirar e incentivar cada vez mais a participação de mulheres no mercado de trabalho.
Porém, não deixa de reconhecer que empreender não é uma tarefa fácil e revela as dificuldades que passou para chegar onde está hoje.
“Sei da grande responsabilidade que tenho por ser uma mulher liderando um negócio de sucesso na área de tecnologia, que é essencialmente masculina.”
Cristina costuma brincar que sua filha mais velha, Alice, é irmã gêmea do Nubank.
Sua filha nasceu no mês de lançamento da fintech e Cristina teve que conciliar a maternidade com a estruturação de seu próprio negócio.
A empresária tinha apenas 5 dias de licença maternidade e fazia as reuniões entre uma mamada e outra.
Camila Farani
Além de ser uma apresentadora de grande destaque no programa Shark Tank Brasil, Camila Farani é também uma das maiores investidoras do nosso país.
A empreendedora foi premiada como a melhor investidora-anjo no Startup Awards de 2016, é co-fundadora do Mulheres Investidoras Anjo, que incentiva empreendedoras, e é sócia-fundadora da G2 Capital, uma butique que investe em startups.
Porém, assim como muitos empreendedores de sucesso, Camila Farani também teve uma história de persistência e superação.
A empresária, por exemplo, começou a trabalhar aos 16 anos em uma empresa familiar de alimentação, gerida pela mãe.
Com o passar do tempo, ela foi se capacitando mais e mais, até chegar ao ponto de sugerir uma introdução de um novo produto na cafeteria da mãe: o café gelado.
A empreendedora ofereceu um acordo de aumento de 30% no lucro da empresa em troca de um percentual de sociedade. Então, aos 21 anos, Camila Farani já tinha sua primeira sociedade.
Com o lucro aumentando cada vez mais, logo a empresa familiar pôde começar a abrir uma, duas e mais franquias.
Camila acabou percebendo que a demanda estava se alterando; as pessoas procuravam cada vez mais por alimentação saudável agora.
A empreendedora, assim, sugeriu uma inovação à mãe, e começou a pesquisar formas de introduzir a alimentação saudável nos negócios.
Neste caso, como essa foi uma época de muito sucesso para iogurterias, tanto Camila Farani quanto o arquiteto com quem ela trabalhava acabaram sendo influenciados.
A nova loja, no final, ficou com uma aparência de sorveteria, nas cores branco e lilás.
E não deu muito certo para conseguir os clientes que ela desejava. Após observar isso, ela fez um reposicionamento da loja: alterou o que precisava ser alterado e em quatro meses de operação, já tinha fila na porta.
Pouco tempo depois, o então presidente do Grupo Mundo Verde contatou Camila para dizer que tinha interesse em trabalhar em um projeto similar ao que ela estava criando.
Camila teve apenas duas opções para a empresária: se unir ao projeto ou ser engolida viva por ele.
Neste caso, aconselhada pela mãe e pelo marido, ela escolheu participar da iniciativa e se uniu ao Mundo Verde, onde ficou por um ano e meio.
Com o tempo, a própria empresária escolheu se afastar, após descobrir sobre o investimento-anjo.
Camila Farani acabou fundando o MIA (Mulheres Investidoras Anjo), com a intenção de capacitar, sensibilizar e investir em mulheres para que elas se integrassem mais no mercado do investimento-anjo.
E aí? O que achou do artigo? Quantas mulheres empreendedoras com histórias inspiradoras, não é mesmo?
Saiba que ainda há muito mais e suas trajetórias estão espalhadas pela internet, para que muitas outras mulheres sejam impactadas.
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