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Detido nesta quarta-feira pela Polícia Civil do Rio, o cantor Belo é acusado pela Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) de associar-se a Jorge Luiz Moura Barbosa, o Alvarenga, chefe do tráfico no Parque União, no Complexo da Maré, para a realização de um show na comunidade na madrugada do dia 13 de fevereiro, sábado de carnaval.

Ao acionar a Justiça, a especializada solicitou a prisão temporária por 30 dias do músico, de dois produtores do evento e do próprio traficante. A juíza plantonista Angelica dos Santos Costa, porém, optou por decretar a prisão preventiva dos envolvidos. Na decisão, a magistrada frisa que a medida “se impõe como forma de garantir a ordem pública a fim de evitar outros eventos desta natureza em plena pandemia”. A juíza concedeu ainda mandados de busca e apreensão, cumpridos nesta quarta-feira, contra Marcelo Pires Vieira, o Belo, além de Celio Caetano e Joaquim Henrique Marques Oliveira, apontados pela polícia como responsáveis por organizar o evento. Também foram realizadas buscas, autorizadas pela Justiça, na sede da Série Gold Som e Iluminação, firma mantida pelos alvos da operação. A magistrada determinou, por fim, a suspensão das atividades da empresa e o bloqueio das contas pessoais de todos os envolvidos.

Belo durante a apresentação na Maré

“Os investigados e a sociedade empresária realizaram evento em contrariedade ao interesse público, violando decretos municipais e estaduais que buscam controlar a epidemia em que vivemos, bem como invadiram uma escola estadual, inexoravelmente, causando danos ao erário”, aponta a juíza Angelica dos Santos Costa na decisão. No texto, ela também cita o temor de que os acusados possam causar “dificuldades às investigações em curso”, como, por exemplo, tentando influenciar testemunhas que ainda irão depor, em especial servidores da Secretaria estadual de Educação (Seeduc). A apresentação de Belo aconteceu no pátio do Ciep Professor César Pernetta. Filmado pelo próprio público e com registros em diversas postagens nas redes sociais, o show teve milhares de pessoas aglomeradas, sem uso de máscaras ou cumprimento de outras medidas impostas pelas autoridades por conta da pandemia da Covid-19. Na ocasião, a Secretaria de Educação informou que não houve qualquer pedido de liberação do pátio do Ciep para a realização do evento.

 

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– Como se tal situação, por si só, não fosse absurda e suficiente para uma resposta do estado, foi verificado junto à Seeduc que o evento ocorreu sem qualquer autorização, configurando verdadeiro esbulho/invasão de um prédio público para a realização de um evento privado, contrário ao interesse público e que serviu para propagar ainda mais a doença viral – disse o delegado Gustavo de Mello de Castro, titular da DCOD. No entender da especializada, tanto a invasão da escola quanto a realização do evento em si só seriam possíveis com a anuência do chefe do tráfico local, descrito como “um dos bandidos mais procurados” do Rio.

Empresa foi alvo de mandado de busca e apreensão

Caixas de som estão entre os materiais apreendidos pela polícia

Segundo a DCOD, a invasão de um estabelecimento de ensino, localizado na comunidade Parque União, uma das áreas mais conflagradas do estado, onde a maior organização criminosa do Rio de Janeiro atua, somente poderia ocorrer com a autorização do chefe criminoso da localidade, que controla a localidade há anos e figura como indiciado em diversos procedimentos policiais, sendo, inclusive, um dos bandidos mais procurados do Estado. – Verifica-se que o cenário desenhado é um dos mais absurdos possíveis, na medida em que o “evento contagioso” não foi autorizado pelo Estado, mas pelo chefe criminoso local – afirmou Castro.

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