A garota que foi encontrada morta na casa do ex-namorado, no bairro de São Cristóvão, em Salvador, havia terminado o relacionamento com o suspeito há cerca de 20 dias. A vítima foi enterrada na tarde desta terça-feira (27). Gislane Luiza Herval Cerqueira foi estrangulada. O sepultamento do corpo dela foi na cidade de Candeias, na região metropolitana de Salvador. Durante o velório, a mãe da vítima passou mal.

Até a noite desta terça, André de Souza Santana, 32, não havia sido encontrado pela polícia. Emocionado, o pai da adolescente disse que espera justiça. “O único pedido que a gente faz é o pedido de justiça, para que esse crime não fique impune. Minha filha jovem, 16 anos, teve a vida esfacelada por um indivíduo bruto e cruel. Covarde” O caso é investigado pela 1ª Delegacia de Homicídios. O pai da adolescente, Gidauto Santos Cerqueira, contou que a família era contra o namoro.

“Quando eu descobri, que eu tentei afastar, não deu. Deixei ela morando com a mãe. Aí ele saiu de lá, fugiu com minha filha – porque ela estava apaixonada, adolescente. Sumiu com ela, a gente não achava em lugar nenhum. Quando fui descobrir, estavam lá em Catu. A mãe trouxe de volta, colocou debaixo do teto. Como ela não queria largar esse indivíduo, a mãe deu abrigo, arrumou trabalho para ele, e ele comete um crime desses”. // G1 Bahia.

Pai inconsolável não tem dúvidas da autoria

O motorista Gidauto Cerqueira, 47 anos, teve a infelicidade de ver ao vivo, a imagem a ser observada no aparelho traz à tona uma dor que, garante, vai carregar para sempre: a filha, uma adolescente de 16 anos, morta sobre um colchão estendido no quarto do ex namorado, André de Souza Santana, 32, apontado pela Polícia Civil como o principal suspeito do feminicídio. Ele questiona o relatório da Polícia.

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Gidauto fala com propriedade sobre o estado do cadáver da menina, a quem viu morta, mas com o aspecto “de quem estava dormindo. Minha filha foi assassinada às 14h, eu só soube do fato 17h, e cheguei lá perto de 18h, o que explica isso? Fui recebido por uma mulher que dizia ser enfermeira, e o cunhado do assassino, em uma casa onde havia um idoso de cama, pai dele. Ela foi encontrar com ele pra morrer. Foi atraída pra lá, e agora eu não tenho mais o que fazer, ele tirou um pedaço de mim”, relatou, na manhã desta terça, enquanto aguardava a liberação do corpo no Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IMLNR).

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Dos pontos que levam a crer no ex-genro como o algoz da filha, o mais forte, aponta o motorista, é o fato de Gislane ter sido morta no quarto da casa do pai de André, a quem Gidauto se refere como uma pessoa “que nunca ofereceu qualquer perspectiva de vida à adolescente”. A segunda evidência, nas palavras do pai, é o tempo do término, 20 dias, de uma relação que se estendia – contra a vontade da família da menina – há quase três anos. Por meio da assessoria, a Polícia Civil reforçou a suspeita da família e disse que o pedido de prisão do suspeito será encaminhado à Justiça. O feminicídio está sob a investigação da 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico), onde já foram ouvidos familiares e outras testemunhas, de acordo com a pasta.

Família não aprovava relação

O pai da vítima enumerou os motivos pelos quais, para ele, a relação do ex-casal “era um erro”. André, segundo Gidauto, é usuário de drogas e não trabalha desde que se aproximou da adolescente, quando ele tinha 29 anos. Vizinho do motorista, no bairro de Praia Grande, no Subúrbio Ferroviário da capital, o suspeito nunca pediu permissão para namorar Gislane, então com 14 anos. “Nunca gostei, antes do envolvimento com minha menina, fui contra ele. Fizemos de tudo, eu e a mãe dela, para impedir a aproximação. Criei ela desde a separação, quando minha filha era uma criança, mas abri mão da guarda para a mãe, há dois anos, justamente para afastar os dois. Não deu certo e agora acabou tudo”, lamenta. // Correio24hs.

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