O objetivo pode ser o mesmo, torcer pelo time do coração. Mas vindos dos mais diferentes países, com culturas das mais diversificadas, as centenas de torcedores que tomam as ruas de Salvador para assistir aos jogos mudaram a rotina da capital baiana. E para garantir a manutenção da ordem, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) mobiliza sua Força de Choque durante a Copa América na Bahia.

Especializados em Operação de Controle de Distúrbios (OCD), 17 PRFs estão de prontidão até o fim do campeonato. Sempre utilizando a premissa e missão institucional de “Garantir Segurança com Cidadania”, a conhecida Força de Choque tem atuado nas escoltas das delegações, como equipe tática de policiamento de choque, e está sempre a postos a fim de reduzir o tempo de resposta às ocorrências de pertubação da ordem. O objetivo é garantir os direitos fundamentais das pessoas, tais como a vida, a liberdade de expressão e a livre circulação.

A observância aos direitos humanos também é regra no trabalho deste grupo que pode atuar, por exemplo, na dispersão de torcedores que bloquem a passagem da escolta de seleções, assim como na desobstrução de vias bloqueadas por manifestantes. Para o comandante da Força de Choque na Copa América na Bahia, PRF Arthur Rocha, estar a frente da equipe é um desafio que requer muita responsabilidade. “É uma missão de peso uma vez que nosso acionamento se dá após esgotadas todas as possibilidades de negociação”, explicou o policial, “choqueano” há 5 anos.

TREINAMENTO – O emprego da Força de Choque se dá em missões que não permitem falha. Por isso, entre escoltas e prontidão durante os jogos, os operadores participam de treinamentos, nos quais são reforçadas as técnicas de formação, movimentação, patrulhamento, abordagem, comboio e operações aéreas.

De acordo com o Supervisor Regional de Controle de Distúrbios, PRF Edson Augusto, a mobilização desse efetivo para a Copa América é vista também como uma oportunidade de nivelar conhecimentos. “Esse grupo conta com operadores que já participaram de grandes eventos e também recém-formados. Isso permite a troca de experiência, técnicas e doutrinas, dando a motivação necessária para um trabalho eficaz”, comentou Augusto, há 7 anos no Choque PRF.

“O curso nunca acaba”. Formado na 15ª edição do Curso de Operadores de Controle de Distúrbios (COCD), encerrado no início desse mês, o PRF Rego Barros é o mais novo integrante da Força de Choque no grupo que atua na Bahia. Para ele, participar da Copa América é a realização de um sonho. “O Choque é uma família da qual eu sempre quis fazer parte e aqui estou consolidando todo o meu aprendizado”, declarou.

FORÇA FEMININA – Seja no campo, nas arquibancadas e até mesmo na Força de Choque da PRF, as mulheres tem dado prova da força feminina. Única mulher entre os 17 operadores de controle de distúrbios na Copa América na Bahia, a PRF Telma é um exemplo de profissionalismo. Há 4 anos, ela vem assumindo mais um papel, além de policial e mãe tornou-se “choqueana”.

Por trás do escudo, do capacete e do esoesqueleto, que pesa cerca de 15 quilos, é possível observar a feminilidade na maquiagem e peteado no cabelo. Com seus 1,62m de altura, a policial assume uma função de grande importância na equipe: lançadora. Pronta para atuar em qualquer situação, Telma revela que é movida a desafios. “O Choque é um desafio como profissional e como mulher e por isso o escolhi. Enquanto eu tiver condições físicas, continuarei atuando”, declarou, frisando a necessidade de preparo físico e psicológico dos operadores.

Participe do nosso Grupo no WhatsApp

Siga nosso Instagram

Curta nossa Pagina no Facebook

Compartilhe: