Nesta quarta-feira (8), motoristas que trabalham para a Uber prometeram fazer uma paralisação de 24 horas em São Paulo e outras cidades do Brasil, além de pausas de oito a doze horas em outras cidades ao redor do mundo, em protesto a mudanças nas tarifas e à abertura de capital (IPO) da empresa. No entanto, nem todos os motoristas aderiram à paralisação. De acordo com Eduardo de Souza Lima, presidente da Associação de Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amasp), 30% dos motoristas de São Paulo aderiram ao “Uber Off”, como foi chamada a ação.

Souza acrescentou que as manifestações presenciais previstas para esta quarta-feira (8) no centro da cidade e na sede da empresa, na zona Sul, têm menos força do que o esperado. “Estou no Espírito Santo em conjunto com outras associações de aplicativos do Brasil para uma reunião, mas as informações que chegam para mim é que a adesão às manifestações está baixa”, disse o presidente da Amasp.

Em um grupo do Facebook criado para a comunicação entre profissionais que usam Uber, um motorista alega que não vai parar porque a “greve não vai adiantar nada” e também porque “não tem patrão e muito menos sindicato”. Em resposta a esse comentário, um outro autônomo pede “união” e afirma que tem que “tentar” para mudar algo. Os motoristas que estão a favor da medida buscam diminuição da taxa cobrada pela plataforma, benefícios básicos, transparência na tomada de decisões e uma voz maior para os condutores. Veja o diálogo no grupo:

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Em São Paulo, a paralisação está sendo organizada pela Amasp e, naturalmente, só adere à medida quem quiser. Por isso, muitos motoristas optaram por trabalhar normalmente, seja pelo app do Uber ou por outras empresas como a 99 ou Cabify. Em uma outra conversa no grupo, um motorista diz que a remuneração realmente não é justa, mas que o app mudou a sua vida. Além disso, ele alega que é uma vantagem trabalhar com a Uber porque “não precisa ouvir besteira de patrão e gerente e que tem tempo para a família”. Um outro rebate afirmando que “ganha como um catador de papelão, correndo risco de assalto, colisão, atropelamentos e multas”.

Preços

Os preços das corridas não estão apresentando muita diferença na comparação com dias normais, o que reitera a ideia de que uma parcela pequena de motoristas aderiu à medida. Por exemplo, considerando um trecho da Vila Olímpia até a Av. Paulista, entre 10h e 11h, o valor nesta quarta-feira (8) é R$ 19 no Uber X, nada muito diferente do valor em dias anteriores. Na comparação com o 99, o mesmo trecho sai R$ 15, o que também é comum. E no Cabify, o custo era de R$ 21 na mesma faixa de horário – bem alinhado a outros dias. Além disso, o app não dá nenhum aviso de tarifa dinâmica, o que costuma ocorrer quando há poucos carros para uma demanda alta de usuários. Fonte: Vitória da Conquista Notícias

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