A diretoria e a presidência do Conselho Deliberativo do Vitória entraram em acordo pela antecipação das eleições no clube para maio. Informações apuradas pelo repórter Sérgio Pinheiro, da TV Bahia, dão conta que o atual presidente rubro-negro, Ricardo David, que está fora do país e tem retorno para Salvador previsto para este fim de semana, concordou com a abreviação do mandato.

Eleito no fim de 2017, Ricardo David tem mandato até setembro deste ano. A antecipação da eleição em quatro meses será colocada em votação em uma reunião do Conselho Deliberativo marcada para a próxima sexta-feira.

– Realmente, um momento de crise. Nós estamos trabalhando há um mês que assumimos o Conselho e estamos construindo saída para essa situação, que só faz se agravar. Convocamos reunião para semana que vem, sexta-feira, que vamos tratar de assuntos referentes a essa crise e soluções. Creio que a proposta melhor seria a antecipação das eleições, que estão marcadas para setembro deste ano. Mas creio que, se não retomarmos estabilidade institucional do clube e mudarmos gestão, não vamos conseguir mudar essa situação. Estamos organizando essa próxima reunião do Conselho para sexta-feira, para dia 15 – disse o presidente do Conselho Deliberativo, Robinson Almeida, em entrevista para a rádio Itapoan, na noite da última quinta-feira.

O Conselho adotou como contrapartida para aprovar a antecipação das eleições a promessa de que o pleito não será judicializado por integrantes da diretoria. Na última quinta-feira, após a derrota para o Botafogo-PB, o vice-presidente do clube, Francisco Salles, afirmou que renunciaria ao cargo caso não houvesse a abreviação do mandato.

– Um processo, tentativa de antecipação geral. Precisamos procurar fazer um processo de transição de forma negociada. Mais uma renúncia, pura e exclusiva do presidente do Conselho Diretor e do vice, você torna o clube mais instável. Havendo renúncia agora, haverá eleição para completar esse mandato. O que estamos defendendo é fazer algo diferente, pacificado. Estamos conversando com todos os grupos de oposição para tentar antecipar as eleições ouvindo o clamor da torcida. Só que isso de forma pacífica, para dar tempo para as chapas se formarem – disse Salles.

O Vitória atravessou crises políticas nos últimos anos. Eleito em 2016, Ivã de Almeida se licenciou com sete meses na presidência, e entregou uma carta de renúncia em outubro de 2017. Vice-presidente, Agenor Gordilho assumiu o clube interinamente e deu lugar ao mandato tampão de Ricardo David, no fim do mesmo ano. Em 2018, o Vitória foi rebaixado, teve problemas com finanças e encerrou a temporada de forma melancólica. O início deste ano não foi diferente, o que elevou o tom das críticas direcionadas à atual diretoria.

De acordo com o estatuto do clube, o processo eleitoral será conduzido por uma Comissão Eleitoral, formada pelo presidente do Conselho Deliberativo, Robinson Almeida, e outros quatro membros indicados por ele. A comissão precisa definir o regimento das eleições 45 dias antes do pleito e publicar o Edital de Convocação até o quinto dia do início dos trabalhos. As chapas podem ser inscritas até o 10º dia da publicação do edital.

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