A Polícia Federal concluiu que houve crime quando, em uma live, o presidente Jair Bolsonaro divulgou informações sigilosas de uma investigação. A PF, no entanto, não indiciou o presidente, sob a justificativa de que ele tem foro privilegiado. A polícia ainda informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que encerrou sua participação no caso.
Na live, de agosto de 2021, Bolsonaro mencionou informações de um relatório parcial da PF sobre um ataque hacker ao TSE em 2018 (que não comprometeu as urnas eletrônicas). O presidente usou os dados para tentar embasar suas suspeitas infundadas sobre a segurança das urnas.
O crime cometido na live, segundo a PF, foi o de divulgação de segredo. As conclusões da PF vão ser entregues ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso.
Agora, Moraes deve encaminhar a conclusão da PF para a Procuradoria-Geral da República (PGR) analisar se vai denunciar os investigados, pedir para aprofundar as investigações ou arquivar o inquérito. Em tese, também existe a alternativa de Moraes autorizar a PF a pedir o indiciamento.
Na live, Bolsonaro estava acompanhado do deputado federal Filipe Barros (PSL-PR). A PF concluiu que Barros também cometeu crime, mas ele não foi indiciado, pelo mesmo motivo de foro privilegiado.
Procurado, o Palácio do Planalto não se manifestou. O deputado Filipe Barros divulgou nota afirmando que nenhum crime foi cometido pelo presidente ou por ele.
A polícia disse ainda que a divulgação dos dados sigilosos teve repercussões danosas para a administração pública e que foi usada para dar “lastro” a informações “sabidamente falsas”.
Apesar de reiteradas tentativas para jogar desconfiança sobre o sistema eleitoral ao longo do ano passado, o presidente foi desmentido por autoridades e derrotado pelo Congresso, que enterrou a proposta de voto impresso.
Segundo os investigadores, há provas de que o deputado Filipe Barros obteve as informações sigilosas para auxiliar o presidente na “narrativa de vulnerabilidade do sistema eleitoral”.
“Conforme o conjunto probatório, há lastro para afirmar que Filipe Barros Baptista de Toledo Ribeiro obteve acesso à documentação com o argumento de que a empregaria no exercício de suas funções como relator da PEC no 135/2019, mas utilizou referido material para auxiliar Jair Messias Bolsonaro na narrativa de vulnerabildade do sistema eleitoral brasileiro”, pontuou a PF.
O depoimento foi uma ordem do ministro Alexandre de Moraes. Ao deixar de ir, Bolsonaro disse que estava exercendo seu “direito de ausência” e que o tribunal ainda não definiu como deve ser tomado o depoimento de um presidente: se presencialmente ou por escrito.
A Polícia Federal avalia que a live com o vazamento de dados sigilosos pode ter seguido o mesmo modelo de outro caso que é alvo de investigação no Supremo e que tem o presidente Bolsonaro como investigado.
Ao analisar dados do ajudante de ordem da Presidência, Mauro Cid, a PF encontrou material que pode ter sido usado por Bolsonaro numa live na qual divulgou informações falsas que associavam a vacinação contra Covid a um risco ampliado de desenvolver Aids. Essa relação não existe.
“Dados armazenados em serviço de nuvem apontam a participação de Mauro Cid em outros eventos (vide relatório de análise nº 001/2022) também destinados à difusão de notícias promotoras de desinformação da população”, escreveu a PF.Veja a matéria >>
Um avião da companhia aérea British Airways arremeteu ao tentar pousar na pista de um aeroporto em Londres, na segunda-feira (31), por conta dos fortes ventos. O procedimento é corriqueiro e normal na aviação civil, e ocorre quando condições meteorológicas ou mesmo a presença de obstáculos na pista levam o piloto a abortar o pouso.
Imagens feitas no momento da aterrissagem mostram a aeronave tocando o solo, mas por conta da ventania provocada pela tempestade Corrie – com ventos de 120 km/h –, volta a levantar voo. Assista:
Uma aeronave, modelo monomotor turboélice, que carregava um produtor rural da Bahia e sua família, caiu na manhã de segunda-feira (31) quando efetuava o pouso no Aeródromo Piquet, em Brasília, no Distrito Federal. O espaço fica dentro de uma fazenda que pertence ao ex-piloto de Fórmula 1, Nelson Piquet.
As cinco pessoas que estavam a bordo no momento do acidente saíram ilesas. Dentro da aeronave, que saiu da cidade de Luís Eduardo Magalhães, na região do Oeste baiano, estavam, além do piloto, o produtor rural Renato Joner, sua filha, genro e neta de apenas dois meses. “Estamos felizes e aliviados que todos saíram ilesos do acidente. Foi realmente um milagre!”, disse Renata Andrea Joner, 36 anos, passageira e filha do produtor rural, em entrevista ao jornal Correio Braziliense.
O cantor sergipano Devinho Novaes lamentou a morte do saxofonista de sua banda, Cláudio Douglas dos Santos, de 34 anos. O músico veio a óbito após o ônibus que transportava a banda colidir com um poste e capotar várias vezes. Devinho e os músicos haviam feito show na noite desse último domingo (30), no município de Capela, Agreste de Alagoas.
O acidente aconteceu na madrugada desta segunda (31). Boa parte das vítimas foi encaminhada ao Hospital de Emergência do Agreste (HEA) com algum tipo de lesão. Somente Cláudio não resistiu. Muito emocionado, o cantor falou sobre o fato. Assista:
Uma jovem identificada como Camila Barros Dias morreu após ser baleada por um empresário, na noite de quarta-feira (26), em Ji-Paraná (RO). Segundo a Polícia Civil, a vítima, de 20 anos, e outros dois amigos tinham ido de carro até um depósito de areia na zona rural do município.
No local os jovens estavam fazendo “cavalo de pau”, uma manobra em que o veículo gira em torno de seu eixo dianteiro. Eles teriam ido à área duas vezes e, na segunda vez, o morador do local teria aparecido e efetuado disparos na direção do carro. De acordo com os envolvidos, um dos tiros atingiu o tórax da jovem. Ela chegou a ser socorrida para uma unidade de saúde, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Lua, filha de Tiago Leifert e Daiana Garbin, está com câncer. O apresentador e a jornalista disseram, em vídeo publicado no Instagram neste sábado (29), que a pequena está com retinoblastoma, tipo raro de tumor nos olhos.
“É um câncer que acontece nas células da retina. Elas acabam tendo um crescimento desordenado e formando tumores. No caso da nossa filha, é bilateral. É muito difícil descobrir esse câncer e é por isso que estamos gravando esse vídeo”, explicou Garbin.
1. O que é a retinoblastoma?
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), é um “tumor maligno originário das células da retina, que é a parte do olho responsável pela visão, afetando um ou ambos os olhos”. A doença ocorre, geralmente, antes dos 5 anos de idade.
2. Quais são os sintomas?
O instituto, órgão auxiliar do Ministério da Saúde no desenvolvimento e na coordenação das ações para a prevenção e o controle do câncer no Brasil, explica que o principal sintoma é um “reflexo brilhante no olho doente”.
“É parecido com o brilho que apresentam os olhos de um gato quando iluminados à noite. As crianças podem ainda ficar estrábicas (vesgas), ter dor e inchaço nos olhos ou perder a visão”, explica o Inca.
De acordo com Rodrigo Munhoz, médico oncologista do Hospital Sírio Libanês, o “olho de gato” não é um sinal que passa tão despercebido pelos pais.
“Ele aparece muito em flashes de fotografia hoje, como se usa muito fotografia de celular, às vezes fica patente. Ele é um tumor que nasce ali na região da retina, e ele cresce o causando esse reflexo esbranquiçado. Qualquer iluminação direta pelo olho da criança faz com que se perceba uma diferença, uma assimetria entre o olho acometido pelo tumor e o olho saudável”, explica.
3. Como ocorre o diagnóstico?
O médico faz um exame do fundo de olho com a pupila dilatada do paciente e, segundo o Inca, não se deve realizar uma biópsia. Além disso, “todos os pacientes devem passar por estudo de aconselhamento genético para identificação de casos que são hereditários”.
“Se outras pessoas da família já tiveram o tumor, as crianças devem ser examinadas por um oftalmologista experiente desde a hora do nascimento, e durante os primeiros anos de vida, para que o diagnóstico seja o mais precoce possível”.
4. O que pode causar o câncer?
De acordo Munhoz, acontece de duas formas:
“Quando é um tumor que aconteceu ocasionalmente por uma transformação aleatória daquelas células, o que é um azar. Na outra, que é importante na retinoblastoma, é que em um terço dos casos existe uma predisposição genética, existe a manifestação da retinoblastoma como consequência de uma alteração do DNA que aumenta o risco desse tipo de câncer”, disse.
Segundo o médico, o diagnóstico do segundo tipo é importante pois em caso hereditário — passado de pai ou mãe para filho — há chance de recorrência da doença no caso de um nova gravidez.
5. Como é o tratamento?
Tumores menores podem ser tratados de forma especial e sem que a criança tenha uma perda da visão. Em casos mais avançados, o olho precisa ser retirado e o paciente acaba passando por quimioterapia ou radioterapia.
“Ele tem uma história natural mais agressiva. Não é dos cânceres mais agressivos, existe um outro tumor dramático pediátrico, que chama linfoma de Burkitt, que cresce em dias, mas o retinoblastoma é um tumor que tende a ter um comportamento mais agressivo, um crescimento mas rápido sim. O retinoblastoma precisa ser cuidado precocemente”.
A juíza Pollyanna Alves, da 12ª Vara Federal Criminal de Brasília, determinou o arquivamento do processo sobre o triplex do Guarujá envolvendo o ex-presidente da República Brasileira Luiz Inácio Lula da Silva, nesta sexta-feira (28). A decisão ocorre depois que a Procuradoria da República no Distrito Federal pediu o arquivamento do caso. Em manifestação enviada à Justiça Federal, a procuradora da República Marcia Brandão Zollinger apontou a prescrição (fim do prazo para punição) dos supostos crimes cometidos pelo ex-presidente. A manifestação foi motivada pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que, em abril, considerou suspeita a atuação do ex-juiz Sérgio Moro no caso e anulou a condenação de Lula. Com a anulação, a investigação foi encaminhada para a Justiça Federal em Brasília. Além disso, a investigação teria que recomeçar do zero e não seria possível reaproveitar provas colhidas no processo original, de Curitiba. Na decisão, a juíza reconhece que houve prescrição, já que o prazo para réus com mais de 70 anos é reduzido pela metade.