Vanessa Machowski, 18 anos, foi morta após ser atropelada em Itajaí, no Litoral Norte catarinense, na noite de domingo (10). A vítima foi atingida minutos depois de sofrer assédio verbal do motorista, segundo a Polícia Militar. O suspeito, de 35 anos, foi preso em flagrante e deve responder por homicídio qualificado e embriaguez ao volante. A prisão preventiva dele foi decretada na segunda-feira (11). O sepultamento de Vanessa ocorre nesta terça (12).
Vanessa estava com o namorado, de 21 anos, no bairro Cordeiros por volta das 21h30 no domingo (10). Ele disse à Polícia Militar que ambos conversavam, ele dentro da cabine de um caminhão estacionado e ela do lado de fora, quando uma caminhonete Tucson parou ao lado da jovem. O motorista de 35 anos a assediou verbalmente. O namorado, então, desceu do caminhão para ver o que estava ocorrendo. O motorista da Tucson também saiu do carro. Segundo o namorado da vítima, ele estava com fortes sinais de embriaguez. Houve uma discussão e o motorista da Tucson voltou para o veículo e saiu do local. Depois de cerca de 5 minutos, porém, ele voltou e jogou o carro em cima da jovem. Ela foi esmagada contra o caminhão e o autor do atropelamento fugiu em alta velocidade.
WhatsApp oficial 77 98838-2781
Siga nosso Instagram
Participe do nosso Grupo no WhatsApp
Participe do nosso Grupo no WhatsApp
Participe do nosso Grupo no WhatsApp
Socorro à vítima
A jovem recebeu os primeiros socorros no local e depois foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Cordeiros pelo Corpo de Bombeiros Militar, mas não resistiu. Os socorristas encontraram a vítima inconsciente. Conforme os bombeiros, ela teve politraumatismo e suspeita de hemorragia interna.
Fuga do suspeito
A Polícia Militar foi chamada e fez buscas. Os agentes encontraram o motorista da Tucson deitado na rua com alguns cortes no rosto. O carro foi encontrado em uma via em frente à casa dele. O veículo estava amassado, indicando que houve a batida. Segundo a PM, o motorista confirmou que jogou o carro na direção da jovem. Como ele estava ferido, ele foi levado para a UPA do bairro Cordeiros. O carro Tucson foi guinchado. Segundo a PM, o homem tem passagens policias por injúria, difamação, lesão corporal contra a mulher e pertubação ao sossego. Agente identificaram sinais de embriaguez.
Prisão preventiva
Segundo a decisão da juíza Anuska Felski da Silva, da 1ª Vara Criminal de Itajaí, há indícios suficientes de autoria e prova de materialidade nos autos para a conversão da pena preventiva. A sentença proferida na segunda (11). “Considerando o contexto social de violência em relação às mulheres, demonstra que medidas cautelares alternativas são insuficientes para evitar que o réu venha novamente dirigir embriagado, insultar mulheres supostamente desconhecidas na rua e agir de modo a ceifar-lhes a vida, o que, sem dúvida, gera intranquilidade no seio social, e reclama a medida extrema”, escreveu a juíza.
A magistrada ainda destacou, na decisão, a hipótese de feminicídio, “já que há indícios de que o condutor a teria assediado, dizendo-lhe ‘gostosa’, sendo que após ser repreendido e ter discutido com o namorado desta (homem), prosseguindo em atitude – também em tese – de desvalor à vítima (mulher), projetou seu carro contra a mesma, ceifando-lhe a vida”. O crime de homicídio qualificado é previsto no artigo 121 , parágrafo 2° do Código Penal e prevê pena de 12 a 30 anos de prisão. Já a embriaguez ao volante, prevista no artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro, tem pena de 6 meses a 3 anos de prisão e suspensão da CNH. // G1-SC.