A Polícia Civil investiga o que motivou a morte de Tatiana Cardoso de Lima na tarde de segunda-feira (8) no bairro Estreito, em Florianópolis. Segundo a Delegacia de Homicídios, ela e o companheiro estavam em meio ao término do relacionamento e, no dia do crime, a vítima de 43 anos foi até o local de trabalho do suspeito. Após uma discussão, o homem teria atirado sete vezes contra ela.

De acordo Rochelle Nara Pereira, prima da vítima, Tatiana pediu a separação definitiva em dezembro após não aguentar mais as brigas e episódios de violência doméstica. Desde janeiro, ela morava com a mãe e na última semana, após as ameaças do homem, a mulher procurou uma advogada. “Ela era uma mulher espetacular, sempre feliz. Era ela que tomava a iniciativa de reunião da família para festas, estava todo final de semana dando um jeito de reunir a todos, apesar de viver um inferno dentro de casa”.

Os dois não eram casados no papel, mas estavam juntos há 25 anos. Rochelle afirmou que conversou com Tatiana cerca de 10 minutos antes do crime. Segundo ela, a vítima foi até o local após o suspeito ligar para a mulher buscar um dinheiro. O velório dela ocorre nesta terça-feira (9) no Cemitério de Barreiros, em São José, na Grande Florianópolis. A família não divulgou o horário do sepultamento. A mulher deixou três filhos, dois homens de 24 e 20 anos, e uma menina, 7.

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Tatiana Cardoso de Lima (e) e Rochelle Nara Pereira (d) — Foto: Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Após o crime, o suspeito dos disparos fugiu do local com o carro da revendedora de veículos em que trabalhava. Ele foi preso cerca de três horas depois em Porto Belo, no Litoral Norte. A Polícia Militar informou que Tatiana foi até o local cobrar o dinheiro de uma dívida que tinha com o homem. De acordo com o delegado Ênio Matos, que atendeu a ocorrência inicialmente, as discussões e ameaças entre o casal eram constantes e a mais recente ocorreu ainda no começo de 2021. Tatiana não tinha medida protetiva contra o ex-companheiro.

“Eles tinham um monte de confusão. Vinham brigando faz um monte de tempo, era coisa feia”, disse.
Na fuga após o crime, o homem que não teve a identidade divulgada, parou na casa do irmão em São José. De acordo com a PM, uma arma objeto foi localizado e apreendido pela Polícia Militar. Após o flagrante, o suspeito foi levado ao presídio de Tijucas, na Grande Florianópolis, e não há informações sobre quando ou se será transferido para Florianópolis. O inquérito que investiga a morte da mulher foi encaminhado à Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (Dpcami). De acordo com Júlio Feitosa, responsável pela investigação, o suspeito já foi ouvido, mas a delegacia ainda não teve acesso ao depoimento. Ao longo da semana, outras testemunhas serão ouvidas.

“Agora a gente começa a ver as circunstâncias dos fatos. Veremos quais diligências necessárias. Começa a investigação inclusive para ver se se trata de um feminicídio”, disse. Pelas redes sociais, amigos e familiares lamentaram a morte de Tatiana. Um vizinho, que preferiu não ser identificado, disse que viu a mulher no dia do crime e afirmou que após encontrar com o ex-companheiro, ela iria buscar a filha na escola. “Ele estava nesse processo de separação há um bom tempo e se incomodando muito com ele. [..] Ele não aceitava e vivia falando que ia matar. [Ele] Ficava prometendo e a gente acha que nunca vai acontecer”, afirmou.

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