De acordo com o ministério, são 21 lotes contaminados. Quatro pessoas morreram. Em uma, a Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais confirmou intoxicação por dietilenoglicol.

O Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento afirmou na tarde desta quinta-feira (16) que identificou as substâncias dietilenoglicol e monoetilenoglicol em oito rótulos produzidos pela cervejaria Backer, de Belo Horizonte. Quatro pessoas morreram: em uma delas, a Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais confirmou intoxicação por dietilenoglicol após consumo da cerveja; outras três mortes estão em investigação.

De acordo com o Mapa, no total são 21 lotes contaminados, sendo que um deles foi usado para produzir dois rótulos. Além das marcas Belorizontina e Capixaba divulgados anteriormente, foram encontradas as substâncias tóxicas em outras seis marcas:

Clique aqui para receber notícias do WhatsApp !

WhatsApp oficial 77 98838-2781 

Participe do nosso Grupo no WhatsApp

Siga nosso Instagram

Curta nossa Pagina no Facebook

  • Backer D2

  • Backer Pilsen

  • Brown

  • Capitão Senra

  • Fargo 46

  • Pele Vermelha

As análises são realizadas pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária. Na semana passada, o Ministério da Agricultura interditou a fábrica da Backer, localizada no bairro Olhos D’água, na Região Oeste de Belo Horizonte. Na ocasião, foram apreendidos 139 mil litros de cerveja engarrafadas e 8.480 litros de chope. Também foram lacrados tanques e demais equipamentos de produção. A Polícia Civil de Minas investiga se o consumo da cerveja Belorizontina contaminada com a substância dietilenoglicol está relacionada com a morte de quatro pessoas decorrentes da chamada síndrome nefroneural.

Cervejaria Backer, no bairro Olhos D'Água, em Belo Horizonte — Foto: Odilon Amaral/TV Globo

Ao todo a corporação investiga 18 casos da doença no estado. Na última segunda-feira (13), o ministério determinou o recolhimento de todos os rótulos da Backer do mercado. De acordo com o Mapa, a água usada na produção da cerveja está contaminada com o monoetilenoglicol e o dietilenoglicol, por isto a medida foi determinada. Na ocasião que o primeiro lote de Belorizontina contaminado foi identificado, a diretora de marketing da Backer, Paula Lebbos, afirmou que ele correspondia a cerca de 33 mil garrafas. O volume de garrafas contaminadas nestes 21 lotes não foi informado. O G1 questionou a Backer sobre a identificação de novos rótulos contaminados com dietilenoglicol e o aumento de lotes e aguarda um retorno. A cervejaria nega usar o dietilenoglicol em seu processo de produção. Resumo:

  • Uma força-tarefa da polícia investiga 18 notificações de pessoas contaminadas após consumir cerveja; quatro morreram;

  • Os sintomas da síndrome nefroneural incluem náusea, vômito e dor abdominal, que evoluem para insuficiência renal e alterações neurológicas;

  • O Ministério da Agricultura identificou 21 lotes de cerveja da Backer contaminados com dietileglicol, um anticongelante tóxico;

  • A Backer nega usar o dietilenoglicol na fabricação da cerveja;

  • A cervejaria foi interditada, precisou fazer recall e interromper as vendas de todos os lotes produzidos desde outubro;

  • Diretora da cervejaria disse que não sabe o que está acontecendo e pediu que clientes não consumam a cerveja.

Ministério identifica oito rótulos de cerveja contaminados da Backer em 21 lotes, sendo que um lote foi usado para engarrafar a Belorizontina e a Capixaba — Foto: Reprodução/Mapa

Lotes contaminados

Backer D2 L1 2007
Backer Pilsen L1 1549
Backer Pilsen L1 1565
Belorizontina L2 1197
Belorizontina L2 1348
Belorizontina L2 1354
Belorizontina L2 1455
Belorizontina L2 1464
Belorizontina L2 1474
Belorizontina L2 1487
Belorizontina L2 1546
Belorizontina L2 1557
Belorizontina L2 1593
Belorizontina L2 1604
Belorizontina L2 1604
Brown 1316
Capitão Senra L2 1571
Capitão Senra L2 1609
Capixaba L2 1348
Fargo 46 L1 4000
Pele Vermelha L1 1345
Pele Vermelha L1 1448

Compartilhe: