Um ciclista de 24 anos morreu após ser baleado enquanto passava pela região do Dique do Tororó, ponto turístico de Salvador, na noite de quarta-feira (1). A suspeita é de que ele tenha sido vítima de um latrocínio, que é o roubo seguido de morte. Segundo a família, a bicicleta dele foi levada.

A vítima é o Rodrigo Castro, que faria 25 anos na próxima terça-feira (7). Ele foi socorrido por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos. Testemunhas contaram que o crime foi cometido por dois homens. O caso será investigado pela Polícia Civil, que ainda não deu mais informações a respeito.

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Com Informações do Vitória da Conquista Notícias

No momento em que foi abordado pelo suspeito, Rodrigo conversava com a namorada no celular. Identificada pelo prenome Cíntia, a jovem contou como a situação aconteceu. “Ele estava com um fone de ouvido e a gente foi conversando durante todo o percurso. Chegou em um momento do percurso, em que eu ouvi as pessoas que chegaram nele, eu não sei o porquê, falando: ‘polícia, polícia, polícia’. Eu cheguei a achar, logo de primeira, que fosse uma abordagem normal. Só que aí houve o disparo”. “Quando eu ouvi o disparo, a última coisa que ele me disse foi: ‘ai, amor. Tiro, tiro, tiro’. Aí acabou, ele não falou mais, ele não respondeu, mas a ligação continuou, porque não desligou. Eu continuei falando com ele: ‘Amor, pelo amor de Deus, me responda, fale comigo, Rodrigo’”.

Ciclista morre após ser baleado no Dique do Tororó em Salvador — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Sem retorno do namorado, ela ligou para a mãe dele e pediu para que ela fosse até o Dique procurar Rodrigo. “Eu desliguei a ligação, liguei para a mãe dele e contei a ela tudo o que eu tinha ouvido na ligação. Aí ela arranjou um carro e começou a procurar. Eu liguei também para um amigo dele, que sempre está com ele, faz um cursinho com ele. Aí ele [amigo] foi na direção, só que quando ele chegou lá, não encontrou nada. Acredito eu que porque o Samu já tinha passado, já tinha levado para o HGE [Hospital Geral do Estado]. Depois disso, Cíntia foi até o hospital, mas já encontrou o namorado sem vida. Consternada, ela desabafou. “Quando eu cheguei lá, infelizmente, ele já estava sem vida e já não tinha mais o que fazer. É inacreditável. Você pensa que aquilo é uma pegadinha, é um pesadelo. Que você vai acordar, e nunca acorda. Eu fico indignada porque as pessoas estão matando as outras por nada, por objetos. Por um celular, por uma bicicleta”.

No lugar errado

O irmão de Rodrigo, identificado como Eliesser, contou que a vítima tinha o costume de praticar exercícios. O jovem era ciclista, mas não tinha o hábito de pedalar no Dique do Tororó. “Meu irmão estava se exercitando. Ele fazia o percurso à noite, do Rio Vermelho à Barra. Ontem ele decidiu ir para o Dique. Eu deixei meu pai em uma cama, porque ele não está se aguentando em pé. Ele era uma pessoa boa e agora a gente perdeu ele. É mais uma vida que se foi, tiraram a vida de meu irmão. ”. Eliesser pediu às autoridades celeridade nas investigações, para que os suspeitos de cometerem o crime sejam identificados e presos. “O que é que vai trazer meu irmão de volta? Nada que a gente possa fazer agora vai trazer meu irmão de volta. Eu peço a quem tem o poder público na mão que, por favor, ajude minha família a identificar pelo menos o que aconteceu com meu irmão. Eu peço apoio ao pessoal da Polícia Militar, da Polícia Civil, por favor, ajudem a gente a saber, porque o meu coração agora não vai curar. “Isso aqui eu vou ter que conviver pelo resto da vida, com a perda de meu irmão. Mas eu queria saber o que aconteceu com ele. A gente até agora, concreto, imagens, algo, eu quero saber e identificar quem fez isso com ele. Eu quero que essa pessoa seja levada à Justiça, para que isso não fique impune. Meu irmão era lindo”.

Polícia investiga

Por meio de nota, a Polícia Civil informou que o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) já iniciou a apuração da morte de Rodrigo. Segundo a polícia, foram expedidas as guias para remoção e perícia, agendada oitiva de testemunhas e diligências estão sendo realizadas para tentar identificar os suspeitos. Ainda segundo a polícia, as equipes estão nas ruas buscando mais informações sobre o ocorrido e imagens de câmeras na região que possam ter registrado o crime. O procedimento será encaminhado para a Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), que dará prosseguimento às investigações. // G1 Bahia

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