A Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo confirmou nesta quarta-feira (1°) o terceiro caso da variante Ômicron no Brasil (veja mais no vídeo acima). Trata-se de um passageiro de 29 anos vindo da Etiópia e que desembarcou no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na Grande SP, no sábado (27). Na ocasião, ele testou positivo para Covid-19.

Ele fez o teste no aeroporto pelo laboratório CR Diagnósticos no próprio aeroporto ao desembarcar e não apresentava sintomas da doença, informou a Secretaria de Saúde. Ainda segundo a pasta, o homem já tinha se vacinado (com as duas doses da Pfizer), passa bem e está em isolamento domiciliar desde sábado. O caso é acompanhado é acompanhado pela Vigilância Sanitária de Guarulhos, onde o paciente mora. O teste foi sequenciado geneticamente pelo Instituto Adolfo Lutz, que nesta terça-feira (30) já havia confirmado os dois primeiros resultados positivos para a variante ômicron no Brasil.

Médica diz que sintomas “são leves”

Uma médica sul-africana, que foi uma das primeiras a suspeitar de uma cepa diferente de coronavírus entre seus pacientes, disse, neste domingo (28), que os sintomas da variante Ômicron eram até agora leves, podendo ser tratados em casa. A doutora Angelique Coetzee, médica particular e presidente da Associação Médica da África do Sul, disse à Reuters que em 18 de novembro ela notou sete pacientes em sua clínica que apresentavam sintomas diferentes da variante Delta, embora “muito leves”.

WhatsApp oficial 77 98838-2781 

Siga nosso Instagram

Participe do nosso Grupo no WhatsApp

Participe do nosso Grupo no WhatsApp

Participe do nosso Grupo no WhatsApp

Agora denominada Ômicron pela Organização Mundial de Saúde, a variante foi detectada e anunciada pelo Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis da África do Sul (NICD), em 25 de novembro, a partir de amostras retiradas de um laboratório de 14 a 16 de novembro. Coetzee disse que um paciente em 18 de novembro relatou em sua clínica ter ficado “extremamente cansado” por dois dias, com dores no corpo e dor de cabeça. “Sintomas nesse estágio estavam muito relacionados à infecção viral normal. E porque não tínhamos visto Covid-19 nas últimas oito a dez semanas, decidimos fazer o teste”, disse ela, acrescentando que o paciente e sua família acabaram testando positivo para a doença. No mesmo dia, mais pacientes chegaram com sintomas semelhantes. Foi quando ela percebeu que havia “algo a mais acontecendo”. Desde então, ela atendeu de dois a três pacientes por dia.

“Vimos muitos pacientes Delta durante a terceira onda. E isso não se encaixa no quadro clínico”, disse ela, acrescentando que alertou o NICD no mesmo dia com os resultados clínicos. “A maioria deles (médicos) está vendo sintomas muito, muito leves e nenhum deles até agora encaminhou pacientes para cirurgias. Temos sido capazes de tratar esses pacientes de forma conservadora em casa”, disse ela. Coetzee, que também faz parte do Comitê Consultivo Ministerial sobre Vacinas, disse que, ao contrário da Delta, até agora os pacientes não relataram perda de olfato ou paladar e não houve queda significativa nos níveis de oxigênio com a nova variante. Sua experiência até agora mostra que a variante está afetando pessoas com 40 anos ou menos. Quase metade dos pacientes com sintomas de Ômicron que ela tratou não foram vacinados. “A queixa clínica mais predominante é o cansaço intenso por um ou dois dias”, afirmou ela, também citando dor de cabeça e dores no corpo. A notícia da nova variante que emergiu da África do Sul provocou uma reação rápida de vários países, incluindo o Reino Unido, que na sexta-feira impôs uma proibição de viagens a vários países do sul da África com efeito imediato, uma decisão que a África do Sul contestou veementemente.

Compartilhe: