O Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou seis homens apontados como líderes e “gerentes” de grupo criminoso ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e outras 20 pessoas por crimes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, ocultação de bens, associação para o tráfico e formação de organização criminosa. Segundo o MP, a denúncia foi oferecida nesta sexta-feira (18), pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), a partir de investigações da Operação Ícaro, deflagrada no último dia 9 de novembro pela Polícia Civil, por meio do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Draco).
De acordo com as investigações, a organização criminosa agia no bairro de Sussuarana Velha, em Salvador, liderada por Fagner Souza da Silva, conhecido como “Fal”, atualmente preso no Conjunto Penal de Serrinha.
A denúncia dividiu a estrutura de atuação da facção em três núcleos. O primeiro, dos líderes, formado por ‘Fal’ e seus principais gerentes identificados por Daniel Siqueira de Andrade, vulgo ‘Daniel Baiano’; Ronaldo Santos Gonçalves, chamado de ‘Canário’ ou ‘Roni’; Carlos Augusto dos Santos Cruz Júnior, conhecido como ‘Negão’ ou ‘Penga’, Alex dos Santos Pereira, vulgo ‘Gordo’ e João Paulo Conceição Silva, ‘JP’.
O segundo núcleo era formado por 17 pessoas, que funcionavam como ‘olheiros’, ‘jóqueis’ ou motoristas, responsáveis por comercializar as drogas nos pontos de venda espalhados por Sussuarana Velha. Já o terceiro núcleo era constituído por Irlan Ricardo Ferreira, Amanda Mendes de Carvalho e Filipe Santos da Silva. Eles são apontados na denúncia por lavar o dinheiro das práticas criminosas.
Ainda segundo o Ministério Público, o líder da organização criminosa, ‘Fal’, tinha relações comerciais com o PCC, sendo abastecido de drogas por essa facção para distribuí-las nas áreas de seu domínio de venda em Salvador. O grupo criminoso também seria responsável por outros crimes ocorridos em Sussuarana Velha, como homicídios e roubos. Segundo a denúncia, do núcleo de liderança, estão presos preventivamente Carlos Augusto, Daniel Siqueira, João Paulo Silva e Alex dos Santos Pereira. Ronaldo Gonçalves encontra-se foragido e o principal líder, ‘Fal’, também está preso preventivamente por conta dos crimes apurados na Operação Ícaro e já foi condenado em outro processo criminal.
O soldado Felipe Nascimento, 34, também disse ter se arrependido de seu comportamento logo após sacar a arma, mas que, quando se deu conta do que estava fazendo, já era tarde demais.
“Quando eu estava com a arma apontada para a cabeça dele, passou um filme na minha cabeça. E me arrependi, pensei na minha família, no meu emprego, mas já era tarde. [Arrependo] de tudo, de perder a paciência com uma coisa simples”, diz trecho de depoimento obtido pela reportagem.
Na versão apresentada aos superiores, Nascimento afirmou que vinha sendo acompanhado por uma unidade Naps (Núcleo de Atenção Psicossocial) desde que pedira ajuda ao comandante da companhia. O oficial, segundo ele, tinha conhecimento de seu quadro.
“Solicitei tal acompanhamento devido a problemas familiares e financeiros e, juntamente com meu CGP [comandante de patrulha] solicitei apoio para uma ajuda com um psicólogo na Polícia Militar”, disse ele.
Sobre o fato em si, o policial disse que se atrasou para render o colega, o cabo Márcio Simão de Oliveira Matias, porque, enquanto caminhava em direção ao local, foi chamado por populares para atender uma pessoa que passava mal. Por isso, teria se atraso por 25 minutos.
Nascimento conta que, ao chegar, começou a levar uma bronca do colega, um superior hierárquico. “O cabo Simão me chamou de lado da via e falou: ‘É justo você passar 25 minutos do horário combinado e eu ter que fazer a refeição em 30 minutos?”, disse.
O PM diz ter dado a explicação para o atraso, mas isso não teria sido suficiente para demover o cabo da intenção de comunicar a falta aos superiores para que Nascimento recebesse uma punição.
Nascimento afirmou que tentou argumentar que isso não seria necessário e, diante da intransigência do colega, acabou surtando.
“Foi quando eu tive um surto e acabei sacando a minha arma e apontando para o cabo Simão, me alterei dizendo eu que estava ali para trabalhar e não para atrapalhar a vida de ninguém. [Foi] quando ele fez menção de pôr a mão na arma, prontamente coloquei o dedo no gatilho para defender minha vida e dos outros colegas”, afirmou.
Sob mira da arma, o cabo Simão teria dito que estava “guardando a caneta” e que não iria comunicar ninguém. “Ato contínuo, o cabo Simão tentou tomar a minha arma e, não conseguindo, correu para o meio da multidão e eu ainda apontei a arma na direção dele, pois não sabia qual a reação. Ao ver que ele se afastou e os demais colegas também, guardei minha arma”, disse.
Nascimento foi denunciado pela Promotoria pelos crimes de ameaça e desrespeito ao superior diante de outro militar. De acordo com o promotor Thiago Beretta Galvão Godinho, o PM colocou em risco a integridade física dos cidadãos e de outros policiais e sua ação “poderia resultar em um desfecho trágico”.
“A conduta praticada também causa mácula indelével à imagem da polícia militar como um todo, malferindo os princípios da hierarquia e disciplina militar”, disse o promotor em sua manifestação à Justiça.
A denúncia foi aceita no último dia 14 pelo juiz Ronaldo João Roth, da 1ª Auditoria Militar, que deve agendar as oitivas dos envolvidos em 2021. O magistrado deverá analisar ao longo da instrução do processo se as alegações do PM são verdadeiras ou não, em especial se realmente teve um surto naquele dia. Isso deverá se confirmado com uma perícia.
Se, eventualmente, for confirmado que o policial não tinha condições de trabalhar nas ruas, os superiores que permitiram isso podem ser responsabilizados. Também podem ser responsabilizados os policiais militares que assistiram às ameaças praticadas por nascimento e não agiram.
Dois policiais militares, em média, foram afastados do trabalho por transtornos psiquiátricos, por dia entre janeiro e setembro de 2018 em São Paulo. Ao todo, foram retirados de serviço 555 PMs, ante 454 no mesmo período de 2017.
Para juízes do TJM (Tribunal de Justiça Militar) de São Paulo, as ações praticadas por Nascimento são grave e dificilmente ele ficará sem punição. O policial também pode ser expulso da corporação em processo administrativo, ainda que seja absolvido pelo TJM.
Procurada, a Secretaria da Segurança Pública não se manifestou.
O jovem, identificado como Jair Aksin Reis Canhête, 25 anos, foi ameaçado após tentar ajudar uma mulher que havia sofrido assédio em uma estação do Metrô em Taguatinga (DF), na tarde de sexta-feira (18).
“Todo mundo está vendo só um lado da moeda. Apenas dei bom dia para uma moça. Fui agredido primeiro e minha atitude contra ele não foi por acaso. Só deu essa repercussão por causa da camisa do Bolsonaro”, disse o sargento em entrevista ao Metrópoles.
Na versão do programador, ele seguia para casa quando percebeu que o sargento passou a mão pelo corpo de uma jovem que estava em uma fila para comprar um bilhete. Ele abordou o autor do assédio, que reagiu sacando uma pistola.
Agentes da segurança do Metrô se aproximaram para saber o que estava ocorrendo e sugeriram que o programador continuasse no metrô até que o sargento saísse. “Eu ainda presenciei quando ele se identificou para os agentes como militar do Corpo de Bombeiros e apresentou a documentação. Falaram que o cara estava estressado, mas quem havia cometido o crime era ele. De qualquer forma, esperei por 15 minutos e depois segui meu caminho”, disse o rapaz.
O sargento aguardou, escondido, a saída do programador. Assustado, o rapaz correu para se refugiar dentro de uma loja.“É uma sensação muito ruim de impotência, pois esse homem havia assediado uma moça dentro do Metrô. Espero que as autoridades tomem uma providência enérgica”, finalizou.
Vítima
A mulher, que preferiu não se identificar, também em entrevista ao portal, afirmou que estava na fila da estação e que aguardava pela chegada do namorado. De repente, ela sentiu uma mão em seu cabelo. “Ele pegou da metade do cabelo para baixo e foi passando a mão. Primeiro, achei que era alguém conhecido, mas, quando vi uma pessoa que não conheço me olhando com cara maliciosa, confrontei”, afirmou a cabeleireira.
“Vou abrir ocorrência hoje [domingo] ainda, no máximo, amanhã [segunda]. Agradeço muito pela atitude do Jair, tomando uma causa que nem dele era. Se todos agissem assim, o mundo seria bem melhor”, completou a vítima.
O velório da atriz Nicette Bruno, que morreu neste domingo (20) por complicações da Covid-19, será realizado na segunda-feira (21), fechado para família e amigos próximos às 11h. A cremação será às 13h30 no Cemitério da Penitência, no Caju. As cinzas vão ser levadas para o jazigo da família em São Paulo, onde está enterrado o ator Paulo Goulart.
Ela estava internada com Covid-19 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Casa de Saúde São José, no Humaitá, Zona Sul do Rio de Janeiro.
De acordo com o boletim médico divulgado neste domingo (20), o estado de saúde de Nicette “era considerado muito grave”. Ela estava sedada e dependente de ventilação mecânica.
20/12 – Boletim epidemiológico: 13.396 casos confirmados da Covid-19 no município; 12.266 recuperados. Boletim Coronavirus: Até este domingo (20), o município registrou 13.396 casos de pessoas contaminadas pela Covid-19 em Vitória da Conquista. Desse total, 12.266 delas já estão recuperadas. Ainda seguem em recuperação 917 pacientes sintomáticos (39 internados e 878 em tratamento domiciliar), e 213 faleceram por complicações causadas pela doença.
Ainda há 5.317 pacientes notificados com suspeita de infecção pela Covid-19 que aguardam por classificação final, sendo que 4.944 esperam pela investigação laboratorial e 373 pelo resultado do exame RT-PCR – as amostras são encaminhadas para análise no Lacen Estadual.
Ocupação de Leitos – Atualmente, a rede hospitalar do SUS no município disponibiliza 153 leitos (70 de UTI e 83 enfermarias) para tratamento de pacientes confirmados ou com suspeita de infecção pela Covid-19. Hoje, estão internados 95 pacientes, que além de Vitória da Conquista, são residentes municípios de: