[Suspensão de liminar de ministro do STF que mandou soltar líder do PCC por Fux deflagra conflito na corte]

  Por: Felipe Sampaio / STF SCO  Por: Redação BNews  0comentários

Caberá ao plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidir sobre a validade da liminar do ministro Marco Aurélio Mello, que autorizou a soltura do traficante apontado como um dos líderes do PCC, André do Rap.

A decisão do ministro do Supremo na última sexta-feira, (9), e que foi sustado pelo presidente da Casa, o ministro Luiz Fux, no último sábado, (10), abriu um conflito na corte e gerou forte insatisfação de Mello.

Ainda na sexta-feira, após saber da decisão do ministro da Suprema Corte, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), usou o twitter para criticar decisão.

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 Com informações do//BNews

Após a atitude de Fux no último sábado, Marco Aurélio disse que o presidente do STF tinha assumido postura de “censor”.
“Isso é perigosíssimo. Eu não sou superior a ele, mas também não sou inferior. Sob minha ótica ele adentrou o campo da hipocrisia, jogando para turma, dando circo ao público, que quer vísceras. Pelo público nós nem julgaríamos, condenaríamos e estabeleceríamos pena de morte”, falou o ministro ao site CNN Brasil.

Na entrevista à CNN,  segundo Basília Rodrigues, o ministro afirmou que que aguardará sessão na Corte na quarta-feira (14) antes de fazer novas manifestações sobre o caso. Porém,  não esclareceu se irá de fato levantar a questão no tribunal. Informações dão conta de que os magistrados do STF aguardam uma definição de Marco Aurélio.
Concordância.

Apesar de discordar da forma como o presidente do Supremo tenha suspendido a validade da liminar de Marco Aurélio Mello, colegas do STF concordaram que o chefe do PCC não deveria ter sido solto e, de uma forma pragmática, acabaram se alinhando a Fux. Foi lembrado que, no fim do ano passado, Marco Aurélio mandou soltar todos os que haviam sido presos em segunda instância, em obediência à interpretação do STF. Dias Toffoli, então presidente, sustou a liminar.

Anticrime

Esta é a segunda decisão do presidente do Supremo que poda o projeto anticrime, que embora tenha sido proposto por Sergio Moro acabou criticado pelos lavajatistas. A primeira foi a suspensão do juiz de garantias.
O projeto anticrime tramitou no Congresso, no ano passado, em um contexto de revisão crítica da Lava Jato. Parlamentares fixaram normas para dar limites à prisão preventiva, da qual tinham sido alvos Eduardo Cunha, Marcelo Odebrecht e Michel Temer, este último preso por crime cometido anos antes.

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