A gerente de compras Tatiana Ferreira Lozano Pereira foi condenada pelo tribunal do júri a 25 anos e oito meses de prisão, em regime fechado, pela morte do filho Itaberli Lozano, de 17 anos. Ele foi espancado, esfaqueado e teve o corpo queimado, em dezembro de 2016, em Cravinhos (SP). O júri também condenou nesta quarta-feira (27) Victor Roberto da Silva e Miller da Silva Barissa.

Cada um recebeu a pena de 21 anos e oito meses de reclusão por homicídio triplamente qualificado. Acusado de ocultação de cadáver, o padrasto de Itaberli, Alex Canteli Pereira, foi dispensado do júri depois que o advogado abandonou a defesa dele. Ele será julgado em nova data, ainda a ser marcada. Pereira responde ao processo em liberdade. As defesas de Tatiana, Victor e Miller informaram que vão recorrer das sentenças. Os três estão presos desde o crime.

Fórum

Os réus começaram a ser julgados na terça-feira (26), no Fórum de Ribeirão Preto (SP). O júri foi presidido pela juíza Marta Rodrigues Maffeis Moreira. No primeiro dia, 20 testemunhas foram ouvidas, além dos quatro acusados. Tatiana foi acusada de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Nesta quarta-feira, durante o debate entre Promotoria e defesas, o advogado Hamilton Paulino Pereira Júnior desistiu de representar o padrasto de Itaberli. Ele alegou conflito de interesses porque já defendia Tatiana. A Justiça suspendeu o julgamento de Alex e, segundo o promotor Elizeu Berardo, o tratorista deve constituir um novo advogado. Caso isso não aconteça em tempo hábil, a Justiça pode nomear um defensor.

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Cada um dos suspeitos de envolvimento na morte de Itaberli Lozano participaram separadamente das três reconstituições — Foto: Reprodução/EPTV

Morte

O corpo de Itaberli foi encontrado carbonizado em 7 de janeiro de 2017, dez dias após o adolescente ter sido espancado e esfaqueado. De acordo com a Promotoria, no dia do crime, Tatiana atraiu o filho para casa, com a ajuda de uma adolescente, de 16 anos, e dos réus Victor e Miller, que espancaram Itaberli. No entanto, a mãe o matou com uma facada no pescoço. Ela contou com o marido para levar o corpo até um canavial, na Rodovia José Fregonezi, em Cravinhos, onde foi incendiado. O boletim de ocorrência relatando o desaparecimento do filho só foi registrado dois dias antes de ele ser achado morto.

Ao ser presa com o marido, Tatiana confessou o crime, mas disse que agiu após o filho ameaçá-la de morte, porque ele estava envolvido com drogas. O padrasto admitiu a participação na tentativa de ocultar o cadáver. No entanto, Tatiana mudou a versão e, em novo depoimento, disse à Polícia Civil que o adolescente havia sido morto por três jovens com quem tinha desavenças. O relato não convenceu a polícia. Responsável pela investigação, o delegado Helton Testi Renz informou que os jovens, na verdade, foram aliciados por Tatiana para ‘darem um corretivo’ no adolescente, com quem tinham desentendimentos. O assassinato ocorreu durante a ação. Ao longo do inquérito, testemunhas afirmaram à polícia que mãe e filho tinham uma relação conturbada. O adolescente era homossexual e, dias antes do assassinato, postou em uma rede social que havia sido agredido por Tatiana por ser gay. Itaberli havia deixado a casa da mãe e tinha passado a morar com a avó. Foi com o pretexto de fazer as pazes que Tatiana conseguiu levar o filho até a residência. // G1.

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